Por Bronhaslaw Malinowski
Durante anos investigo a simbologia e poder do falo (representação do pênis, na Antiguidade, como símbolo da fecundidade, caro leigo), passando perrengues tanto em sociedades esdrúxulas e bizarras como nas mais modernas e tecnocratas aglomerações sociais, buscando as lendas, os valores e a atual personificação deste poderoso significante.
Contudo, ao passar em uma pacata cidadezinha em terra brasilis, de férias com a minha amada esposa, me deparo com uma poderosa personificação de tal poder almejado por muitos desde que o homem teve sua primeira ereção.
Quando olho aquele simpático senhor de olhos pequenos e sorriso maroto, com o seu indefectível bigode, percebo que as pessoas em sua volta mantêm certa distância, não ficando numa posição desfavorável perante aquele singelo rapaz, de aproximadamente 1,65 de altura e 60 anos – mas em forma.
Até que pergunto a um humilde presente o porquê do cuidado, digamos, rectal, frente aquele simpático cidadão. Com a voz baixa, tal cidadão me respondeu: “Aquele é o Gilson, conhecido como O Indigesto”. Não pude segurar a minha risada, e perguntei qual seria o motivo do “Indigesto” . Foi quando a resposta veio enfática: “Por causa de 20 cm de pau!”. Ora, é um tamanho substancialmente grande perante à média, contudo, nenhuma novidade. Todavia, vendo que a minha pessoa não estava devidamente espantada, tal pessoa emendou sua fala: “Mas doutor, são 20 cm mole! Essa porra dura bate nos 35 cm”. Ora, não pude deixar de exclamar: “Puta que pariu!”.
A aproximação a esse sujeito ultramente dotado foi inevitável, perante aos meus estudos científicos, é claro.
Ao sentar, devidamente em uma cadeira e à um metro de distância, conversei com ele e pude perceber o quanto precoce e diversificado era tal pessoa.
Gilson, ou Gilsinho, utilizaria pela primeira vez seu instrumento reprodutor aos 7 anos, ao seduzir sua empregada. Aos 9, já era adepto da botanofilia ao comer todas as bananeiras de sua casa, e ao não deixar de aproveitar uma jaca que só estivesse no chão. Daí para a zoofilia foi um pulo, ou melhor, uma subidinha, pois foi após subir em um barranco que ouve a falação com a égua Dengosa, que infelizmente veio a falecer de hemorragia interna logo após o acto. O Seu pai, injuriado, o mandou embora de casa, o que o levou a se prostituir aos 13 anos de idade (já tinha muita experiência, após traçar 29 primas, 5 tias, 2 primos abusados e sua madrinha). Mas que não durou muito. Conheceu uma coroa cheia do fogo: “Khadija...”, relembra o velho Gilson com brilho nos olhos.
Com ela, viajou o mundo e conquistou mulheres por fora. Os invejosos de plantão que mal culminavam contra ele foram sempre advertidos da mesma forma: após um convite de confraternização , Gilson diz que os embebedava com muito vinho, e depois os castigava arrancando suas pregas com sua joba de 35 cm. Dessa maneira ele subjugou centenas de inimigos.
Ele diz que até 1982 tinha contabilizado 6.826 vítimas, dentre mulheres, homens, plantas, animais, etc. Revela que depois parou de contar, e não possui números precisos hoje, mas diz que não prosseguiu com a botanofilia e a zoofilia desde 1989, por motivos que relutou em relatar.
Após a morte de Khadija, ele casou-se novamente, com uma mulher guerreira e corajosa – convenhamos.
Quis o destino que Gilson só tivesse filhas, e não filhos - todas elas com sua segunda esposas.
Contudo, todos aqueles que planejam qualquer acto com uma de suas rebentas, do mais ingênuo que seja, tem que passar pela prova de fogo: “emprestar” por 30 minutinhos para ele.
Suas filhas permanecem senhoritas até hoje.
(Bronhaslaw Malinowski está de cama após uma forte reação alérgica à vaselina usada no seu exame proctológico.)